Wednesday, November 09, 2005

Vale a pena conhecer: Mike Patton


Mike Patton é facilmente a pessoa mais versátil e talentosa no panorama musical actual.
Para este senhor, ter projectos musicais é a coisa mais fácil e concretizável do mundo; ele é o senhor se quero e faço.

Formou na Califórnia os Mr.Bungle e não demorou a ser convidado pelos Faith No More para se juntar à banda que estava prestes a dar um chuto no rabo a Chuck Mosley. Patton, bastante confortável na situação de estudante universitário não fez muito caso mas acabou por se juntar a banda em 1989, mantendo bem claro que não lhes ia dar exclusividade e que ia continuar a trabalhar com os Mr.Bungle.

É bastante conhecido por ir do falsete muito bem conseguido ao berro de death metal bastante assustador. E assustadora é a sua capacidade de controlo dos projectos, composição e seguimento e apoio que tem de músicos bastante bem cotados no mundo do rock.

Sendo conhecido pelo homem das mil bandas Mike Patton ganhou maior notoriedade com os Faith No More, Mr.Bungle, Fantômas e Tomahawk, no entanto as suas colaborações vão desde Rahzel, James Maynard Keenan, Sepultura e Korn até Björk e Dan the Automator.


Até aqui nada de especial, mas sigo com uma listazinha de projectos todos editados e com algum culto de seguimento:

House of Discipline
Moonraker
Peeping Tom
Maldoror
Weird Little Boy
Pranzo Oltrantista
Adult Themes for Voice
Lovage

Também abriu a sua própria editora (Ipecac) que apoia bandas do seu interesse sem grande olho a lucro - óbvio que também não é S.Pedro, se bem que com este último uma nota de 20€ dentro do cadastro é capaz de dar uma ajudinha no que toca à entrada para o paraíso – o que se pode concluir de adopções de bandas como os Messer Chups. Se alguém me quiser convencer que uma banda Russa de surf music tem potencial comercial nos Estados Unidos que tente (não, surf music não é Bem Harper, são aquelas melodias estranhas que se ouvem nas clássicas cenas de surf e também no tema mais conhecido do Pulp Fiction).

Posso descrever a editora com a definição que está no seu site:
“…how about the notion of being an honest, artist friendly label run on a shoe string with no outrageous promotional or production costs.” http://www.ipecac.com/


“If music is dying, musicians are killing it. Composers are the ones decomposing it. We are as responsible as anyone--although we'd love not to admit it. We lash out at "The Industry", blaming things like corporate structure for our shitty music--but we are the ones making it.” By Mike Patton

Boite Zuleika – Cão Muito Mau