Sunday, November 28, 2004

Era uma vez

... tinha uma cara bonita e embora fosse da realeza era como se tivesse crescido entre o povo. Ferviam dentro de si os ideais democráticos possíveis na altura e toda a plebe o adorava. Talvez o achassem um pouco liberal de mais; por vezes devido às suas ingénuas políticas de negócios estrangeiros a terra não crescia e não produzia por ser explorada pelos vizinhos mas na verdade o que ele gostava era de dar lanches com bolas de Berlim com creme e pãezinhos de leite com fiambre ou marmelada. Um dia estava a cavalgar nos já pouco vermelhos campos do feudo distante de sudoeste quando encontrou um encapuçado que se dizia ancião, a sua estranha vestimenta ostentava no peito e nas costas um símbolo que o príncipe não conseguia exactamente distinguir como sendo uma bola de fogo ou uma onda do mar, as insígnias por baixo não eram de seu conhecimento e o ancião falava num dialecto estranho como se algumas palavras perdessem partes e outras ganhassem, o príncipe convidou o ancião a participar numa das suas festas "e lá estarão as mais formosas senhoras que alguma vez verá", o príncipe presumiu que o ancião tinha ficado com o corpo preso no tempo visto que ele não parecia envelhecido, mas tinha uma estatura diferente: uns ombros mais largos que o comum, mais alto que o homem normal e tinha um aspecto limpo e brilhantem, diferente de todos os homens que passeassem no campo, que o princípe não conhecesse já pessoalmente. Depois de cavalgarem rapidamente pelos campos de ralabanas e juizacos, pelos pomares de galas e lhopis (os lhopis eram de longe mas tinham-se começado a plantar no principado), de trepar a ponte e descer o monte chegaram ao terreno palacial. O príncipe levou com uma pedra na cara e deixou de ser bonito.


O FIM




Rammstein - feuer frei

1 Comments:

Blogger Pyny said...

Típico trauma de infância

7:20 PM  

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