Sunday, February 11, 2007

Muros

E o último muro aparece. Alguém disse um dia que eu tinha muros que construía e alguns que já estavam construídos. O ultimo muro constrói-se, o muro mais desejado, aquele que tapa os lamentos, aquele que percebe que para evoluir o melhor é não ter pena do que passa, permite tapar a entrada a esses problemas e deixar que me esforce a tornar a cabeça mais sã. O muro mais necessário, aquele que nos convence a seguir em frente, esse é mais amanteigado ainda, mas funciona, funciona bem. Ainda assim o nível de satisfacção não é máximo, mas é o único disponivel na fase que passamos. Eu e os meus muros continuamos assim: estáticos, mais fortes, sem adversário.

2 Comments:

Blogger Jair said...

Pula a cerca!

5:15 PM  
Anonymous Anonymous said...

Quem não tem muros que se cuide.

Os muros representam o nosso direito de selecção e reserva, o direito de ter entre muros, os que fizeram o esforço de os galgar. Esforço é vontade, é opção, não é acaso.

Esses, não mais quererão fazer o caminho de volta e perante esses, render-nos-emos e faremos cair finalmente os muros.

A vida é feita a galgar muros. Sem isso que sentido teria? O que conseguimos realmente de valor sem termos tido que galgar um qualquer muro?

"Pula a cerca" - diz o Jair.
Eu digo: sempre que valer a pena, faz o esforço e galga os muros dos outros, desses que precisas de conquistar para sempre para poder prosseguir em frente. Quanto aos teus muros, fá-los cair quando alguém com muito esforço os já galgou.

Mamala

11:57 PM  

Post a Comment

<< Home